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sábado, 21 de agosto de 2010

Radioterapia



A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.

As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de ADN. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.

A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.

Para que o efeito biológico atinja maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é habitualmente fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa.


Radiossensibilidade e radiocurabilidade
A velocidade da regressão tumoral representa o grau de sensibilidade que o tumor apresenta às radiações. Depende fundamentalmente da sua origem celular, do seu grau de diferenciação, da oxigenação e da forma clínica de apresentação. A maioria dos tumores radiossensíveis são radiocuráveis. Entretanto, alguns se disseminam independentemente do controle local; outros apresentam sensibilidade tão próxima à dos tecidos normais, que esta impede a aplicação da dose de erradicação. A curabilidade local só é atingida quando a dose de radiação aplicada é letal para todas as células tumorais, mas não ultrapassa a tolerância dos tecidos normais.


Indicações da radioterapia
Como a radioterapia é um método de tratamento local e/ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou associada aos outros métodos terapêuticos. Em combinação com a cirurgia, poderá ser pré-, per- ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia.

A radioterapia pode ser radical (ou curativa), quando se busca a cura total do tumor; remissiva, quando o objetivo é apenas a redução tumoral; profilática, quando se trata a doença em fase subclínica, isto é, não há volume tumoral presente, mas possíveis células neoplásicas dispersas; paliativa, quando se busca a remissão de sintomas tais como dor intensa, sangramento e compressão de órgãos; e ablativa, quando se administra a radiação para suprimir a função de um órgão, como, por exemplo, o ovário, para se obter a castração actínica.

Efeitos adversos da radioterapia
Normalmente, os efeitos das radiações são bem tolerados, desde que sejam respeitados os princípios de dose total de tratamento e a aplicação fracionada.

Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios.

Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de quimioterápicos. Manifestam-se clinicamente por anovulação ou azoospermia, epitelites, mucosites e mielodepressão (leucopenia e plaquetopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois geralmente são bem tolerados e reversíveis.

Os efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas. Os efeitos tardios manifestam-se por atrofias e fibroses. As alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente observados.

Todos os tecidos podem ser afetados, em graus variados, pelas radiações. Normalmente, os efeitos se relacionam com a dose total absorvida e com o fracionamento utilizado. A cirurgia e a quimioterapia podem contribuir para o agravamento destes efeitos.

Fonte: Controle do Câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 2 ed. rev. atual. - Rio de Janeiro: Pro-Onco. 1993.

Olá amigos! Achei importante postar esse texto falando sobre a radioterapia, ainda mais que estou nessa fase.
Estou fazendo sessão todos os dias, já fiz 5 e faltam 28. Não tenho tido nenhum efeito colateral, tenho tido cuidados com a mama, pois pode dar queimadura, por isso estou usando um creme que a médica me indicou.
Mas, devo confessar à vocês que tenho uma fobia com máquinas...rs... ah! como me apavora ter que ficar imóvel debaixo ou dentro de uma delas. Desde o primeiro dia que fui fazer fico bastante tensa, transpiro muito e quando fico sozinha na sala recebendo a radiação eu rezo, isso mesmo, rezo e peço à Deus que fique comigo, na hora que acaba, ufa! aquele alívio...
Onde eu faço sou acompanhada por uma técnica em radiologia, a Viviane, por sinal um amor de pessoa, competente e muito carinhosa, me acalma e esclarece minhas dúvidas.
Que bom que podemos contar com mais essa arma na luta contra o cancer, penso sempre que estou na reta final, sei que depois terei que estar acompanhando com exames e consultas periódicas, mas peço à Deus que nunca mais tenha que passar por tudo isso.
Quando tudo terminar terei uma nova fase para iniciar, porque foram tantas mudanças em minha vida que terei que reiventar muitas coisas e por em prática tudo que aprendi, minha escala de valores e prioridades mudaram radicalmente.
Quero VIVER muito ainda! Viver! Sim viver, mesmo sabendo que viver implica em correr riscos, em nem sempre encontrar felicidade ou ganhar todas as batalhas,mas lutar, lutar sempre.
O importante é não perder a esperança! E eu graças à Deus e com muita esperança estou vencendo essa luta contra o cancer! Isso não é uma benção? Obrigada Deus! Obrigada à vocês todos pelas orações e carinhos!
Um abraço e fiquem com Deus! Bjssssssssssssssssssssssssssssss

9 comentários:

  1. Olá Cristina
    Li a sua mensagem e parece que fui eu a escrever.
    Também tinha um bocadinho de fobia de ficar sozinha na sala,então descobri um pontinho no tecto onde me fixava e rezava o tempo todo,sempre pedia a Deus que aquele tratamento que estava a fazer desse resultado,fiz 30 secções de radioterapia,o unico sintoma que tive foi muito cansaço na primeira semana,eu pensava que não ia aguentar os tratamentos,mas depois passou.
    Beijinhos e um óptimo domingo

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  2. Muito importante essa tua postagem.Tantas precisam dela.

    E que nessas 28 que faltam também não tenhas reações.

    Desejo tudo de bom e força e depois, terás muito a inventar, fazer e viver!beijos,chica

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  3. Isso ai minha amiga, vai adiante, Deus e conosco. Eu vou ter que operar mesmo, mas tenho confianca no Deus que eu sirvo. Um grande beijo.

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  4. Cristina!
    É só mais uma etapa. Tudo passará, e com certeza BEM .
    "Eu creio no poder da TUA graça e namisericórdia do TEU amor.
    Bjs

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  5. E vai viver. Quem comanda é a nossa cabeça, a nossa clínica, a nossa vontade soberana.
    Acho improtante colocar as explicações sobre tratamento, porque é bom ler e reler. E é o que vou fazer.
    Parabéns querida. Em frente!

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  6. A primeira vez que eu viajei de avião, eu senti um medo terrível, começei a orar freneticamente, e lógico em mente veio, a oração do Pai Nosso.
    Pois bem logo no início quando pronunciei.
    Pai nosso que estais no céu.
    A ficha caiu.
    Se ele está nos céus, eu estou com ele.
    E a calma invadiu o meu corpo até a aterrisagem.
    Daqui a um mês irei fazer a cirurgia.
    Daqui a dois meses as sessões de Radio.
    Temo mais pela radio, é o desconhecido, mais uma vez invadindo um espaço que não é dele.
    Mas já estou me preparando.
    Existe uma música do Roberto que eu já estou treinando.
    É lúdico, mas vou substituir a máquina da radio.
    Pelo Manto Azul de Nossa Senhora.
    E vou cantar.
    Cubra-me com seu manto de amor
    Guarda-me na paz desse olhar
    Cura-me as feridas e a dor me faz suportar
    Que as pedras do meu caminho
    Meus pés suportem pisar
    Mesmo ferido de espinhos me ajude a passar
    Se ficaram mágoas em mim
    Mãe tira do meu coração....
    Se a técnica possa te ajudar, esquece essa máquina fria, e internamente cante.
    Espero que ajude.
    Beijos Wilma

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  7. Cristina, querida!
    Obrigada por compartilhar conhecimentos sempre tão necessários e importantes!
    Beijos com amor

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  8. Cris, tb tenho pavor de aparelhos fechados, já esgotei todas as minhas recordaçãoes, já rezei muito. Mas, o que fazer diante da luta.. lutar.bjs.

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  9. Querida Cris, todas as vezes que tenho um tempo procuro ler o que você escreve, sei que não está fácil, mas ELE te sustenta o tempo todo creia sempre nisso, gostei muito de uma palavra que colocou nessa sua postagem é ESPERANÇA, isso é grande sinal de FÉ. Te amo muito Amiga, fique com DEUS e ELE sempre estará com você. Beijão!!!

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