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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Dia das Mães


Domingo é dias das Mães, dia daquela que nos dá a vida, que nos ensina, tem para conosco um amor incondicional.
Noites sem dormir, preocupação, alegrias nos pequenos gestos ou sorrisos dos filhos. Muitas vezes se anula, se cala, se deixa para que seu filho cresça.
Graças a Deus tive uma mãe abençoada, mulher forte, que me criou com muito amor.
Hoje sou mãe e sei o quanto é difícil criar um filho nos dias de hoje, muita preocupação e inquietação em nossas cabeças.
Tenho muitas recordações boas de minha mãe e saudades também já que ela se foi há cinco anos. Não entendo bem isso sabe, mas somos finitos não? `Portanto há que se arrumar um jeito de acalmar o coração.
Mas nos dias das Mães fico mal, não gosto, pois a mãe já se foi e não tem volta e como mãe que me tornei também me falta a filha que partiu, a dor da cama vazia, das expectativas que fiz e não se cumpriram, partiu cedo demais, sem adeus, sem despedidas, enfim partiu....
O que fazer com esse vazio? Como lidar com tantos sonhos de quando se tem um filho? Faz alguns anos que se foi e até hoje não encontrei resposta.
No início quando conseguia dormir acordava e conversava com Deus, barganhava ou pedia, insistia que fosse sonho e que ao acordar e olhar no quarto ela estaria lá e por muitas vezes fazia isso, mas ao levantar, nada, não estava.
Quantas vezes sonhei que ela estava voltando no portão de minha casa, ah foi tudo engano, não é verdade, mas a gente acorda e a realidade paira em nossa cabeça, aceita quem quer ou fica louco mesmo.
Acho que já fiquei um tiquinho sim, já procurei minha Marina no ônibus, nas ruas, uma busca angustiada e sem fim, até que o tempo passa e se vê que não tem jeito, tem que se aprender a conviver sem a luz dos teus olhos e aí você vai arrumando confortos para a alma, vê fotos, conversa, conta histórias antigas para as pessoas que talvez nem estejam interessadas naquilo, mas você insiste, ri das bobeiras , das artes que fazia. Faço muito isso, as vezes me sinto ridícula sabe, mas foi o jeito que consegui de eternizar e sentir que ela ainda está aqui.
Conto e reconto suas traquinas, seus apegos ao sagrado, seu amor à Deus e assim a gente vai vivendo.
Hoje já não tenho mais raiva, graças a Deus! E tenho meu filho que é tudo pra mim, que me entende e que é meu amor!
Mas o vazio está lá na alma.........
Imaginem quantas mães sofrem com essa perda, em minha família tenho minhas duas irmãs que também perderam seus filhos e também sentem ...
Estamos aqui de passagem, somos seres finitos, mas é estranho os filhos irem antes dos pais não? Há que se ter uma explicação para isso, mas um dia teremos e eu creio.
Que ela é um anjo e intercede por mim não tenho dúvidas, nosso amor é mais forte que a morte e nunca se apagará.
A saudade é o amor que fica e será que existe alguma mãe que se esquece de um filho seu?
Que Deus conforte nossos corações e nos ajude sempre a ter fé, fé para driblar essas perdas e dores que só uma mãe entende.
Que Deus abençoe todas as mães , as que estão aqui e as que já se foram e que nossos filhos que partiram estejam em paz junto de Deus.
Um dia a gente se reencontra não é? Afinal sou filha pra sempre da Barbara e mãe da Marina e isso ninguém pode tirar.
Um abraço a todas as mães! Fiquem com Deus! E nunca esqueçam de dizer as suas mães e a seus filhos que vocês os amam muitoooooooo!