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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ágape


Ágape é amor em seu sentido mais belo e profundo, é doação total, é amor de Deus.
Ágape também é o título do livro do Pe Marcelo Rossi. Tomei conhecimento do livro através do seu programa de radio.
Nesse dia ele leu um trecho do livro que achei muito bonito, é uma oração que fala que somos as ovelhas e o Senhor é nosso pastor.
Aí pensei em colocar a oraçõa no blog mas não sabia onde encontrar, já que eu não tenho o livro.
Por providência de Deus cheguei no outro dia para fazer a sessão de radio e minha companheira de luta, a Elisabete, disse que tinha o livro e eu comentei com ela sobre a minha intenção de postar.
E hoje ela me trouxe escrita em uma folha de caderno, fiquei comovida com a gentileza e o carinho dela por mim, aliás, vejo esse carinho e companheirismo em todas as amigas de luta, estamos juntas, uma entende a dor da outra.
Então deixo para vocês essa oração de entrega, pedindo ao Pai por todos nós e que nunca esqueçamos que Ele é o Nosso pastor, que nos conduz sempre pelas veredas da justiça, do amor, da caridade e da humildade.

Senhor

Tu és o bom pastor
Eu sou a tua ovelha
Em alguns dias estou sujo;
Em outros, estou doente.
Em alguns dias, me escondo;
Em outros, me revelo.
Sou uma ovelha ora mansa, ora agitada.
Sou uma ovelha ora perdida, ora reconhecida.
Eu sou tua ovelha Senhor.
Eu conheço a tua voz.
É que as vezes a surdez toma conta de mim.
Eu sou tua ovelha, Senhor.
Não permitas que eu me perca, que eu me desvie do teu rebanho.
Mas se eu me perder, eu te peço, Senhor,
Vem me encontrar.
Amém!

Um abraço! Fiquem com Deus! Bjssssssssssssssssssss

sábado, 25 de setembro de 2010


Quem me dera encontrar o verso puro, o verso altivo e forte, estranho e duro, que dissesse a chorar isto que sinto!

Florbela Espanca

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Interior


O que fazer quando nosso interior está angustiado? Quando não conseguimos ver a claridade do Sol que nasce, quando tudo parece escuro e triste?
Pois é assim que ando me sentindo, escuto todos ao meu redor me falarem que o tratamento da radio está acabando, que já passei por períodos piores......mas que culpa tenho de estar sentindo assim?
Parece que agora a ficha está caindo ou tudo que vivi está explodindo aqui dentro?
Não sei, mas o que sei que não ando com vontade de nada, minha conexão com o céu parece ter sido cortada, estou num período de "noites escuras".
Apatia, me sinto as margens, não como parte da vida, como só observasse o movimento das pessoas, a alegria.
Confuso e sofrido.
Minha mama está muito queimada, arde e coça muito, não tenho vontade de olhar para ela, até um tempo atrás era tão diferente.
Sei que muitas amigas já nem tem mama, que pessoas se encontram em estado bem pior que o meu, mas sinceramente nesse momento preciso desabafar para tentar entender essas mudanças na minha vida e na vida dos que cuidam de mim.
Quando a gente passa por isso, temos que dar conta de tudo e também dos problemas que a vida normal já nos traz, é uma carga muito pesada, fora o estigma, os olhares, a careca, a vaidade e...... viver com isso, pois confesso que sempre que tiver que fazer exames, marcadores irei sentir medo, medo de voltar, de ter que passar por isso de novo, acho que todos mundo que passa deve sentir, ou não?
Esse mês também me traz muitas recordações não muito boas.
Vou ter que tentar dar uma reciclada em tudo, pensar, tentar digerir.
Pensei até em entrar num curso de artesanato, preciso ocupar a minha mente, minhas mãos.
Mas não vou deixar de lutar, com certeza isso vai ser temporário e vai passar.
Coloquei essa imagem da flor da amendoeira, pois a primavera vem chegando e quem sabe eu não pego carona e tento me renovar, iniciando uma vida nova com tudo aquilo que aprendi com essa dor?
Não custa tentar não é?
Agradeço as mensagens deixadas aqui, me ajudam muito, me dão força mesmo!
Um grande abraço! Fiquem com Deus! Bjssssssssssssss

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Dia da compreensão


A compreensão como um instrumento para o entendimento é uma atitude plural, mútua, que tem sua origem, no entanto, na compreensão que temos de nós mesmos.

Só no respeito às diferenças é que podemos construir comportamentos, estabelecer planos e mudar atitudes – as nossas e as dos outros.

Compreender o outro não é sinônimo de nos anularmos.

Divergir é um direito de cada um, seja na relação entre pai e filho, entre jovem e adulto, homem e mulher, ou nas relações entre empregado e empregador, administrador e servidor.

Os homens não têm pensamentos idênticos, assim como tampouco têm feições idênticas...

A crença de uma pessoa é influenciada por diversos fatores – temperamento, hereditariedade, contexto, experiência – e os líderes devem balancear seu julgamento com paciência e indulgência.

Atitudes agressivas, que não precisam ser necessariamente físicas, acontecem, infelizmente, nas relações humanas – e em nada contribuem para o bem-estar de quem as pratica, com prejuízos, às vezes fatais, para o próprio grupo.

Há que se entender a importância de cada atitude pessoal como um fator que facilite a harmonia e a construção de um grupo.

Gandhi, exemplo de liderança pacifista, conquistou a todos por seu exemplo e por sua coerência entre ação e discurso.

Sobre os pontos fundamentais para se conseguir a paz, assim ele se expressou:

“De que vale a fé se não for convertida em ação”?

“A liberdade individual e a interdependência são essenciais para a vida em sociedade”.

“A não-cooperação com o mal é um dever tão importante quanto a cooperação com o bem”.

“A não-violência nunca deve ser usada como um escudo para a covardia. Ela é uma arma para os bravos”.

Fonte: Brasil Rotário

Amigos, a sonhada paz passa pela arte de compreender, de enxergar o outro com olhar diferente, de estar sempre aberto ao diálogo e ao perdão.
Uma boa sexta para todos! Não esquecendo de fazer uso de boas doses de compreensão!
Abraços e fiquem com Deus! Bjsssssssssssssssssssssss

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Prevenção



Essa semana encontrei uma senhora em tratamento de câncer de mama. Começamos a conversar sobre a doença e fiquei assustada ao ouvir dela que desde que teve seu filho há 25 anos nunca mais fez uma consulta ao ginecologista.
Sempre achou que o cancer poderia acometer a outras pessoas, nunca sentiu nada, tinha muita saúde. Também não deu atenção as campanhas na tv sobre auto exame das mamas, a vida para ela corria naturalmente, criava os filhos e não pensava nisso.
Disse que não tinha hábitos de ficar observando seu corpo.
Mas um dia começou a ter dores no braço, a qualquer esforço doía muito, consultou alguns médicos e o diagnóstico foi bursite, remédios e nada de melhorar, até que ela notou algo volumoso em sua mama. Mas ainda assim achou que poderia ser ingua devido a bursite.... vejam só isso...
Até que por insistência de um dos filhos resolveu ir em um clínico geral e comentou com ele a dor no braço, bursite e o volume no seio. Então ao examiná-la ele pediu que ela procurasse um mastologista e aí a ficha dela caiu.
Fez os exames e o nódulo era grande, primeiro teve que fazer quimio para diminuir o tamanho do nódulo, só depois fez a mastectomia, fez quimio novamente e está fazendo radio.
Hoje ela tem uma outra visão de tudo isso, sofreu muito e sabe que tivesse feito prevenção talvez não passasse por tudo isso.
Agora ela me diz que faz campanha para todas as amigas de se auto examinar, de ir ao ginecologista, fazer mamografia e não se descuidar.
Fiquei feliz em saber que apesar do sofrimento ela ainda teve chance de poder fazer o tratamento, muitas não tem, descobrem tarde demais ou tem uma sobrevida pequena.
Eu sempre fiz prevenção, todo ano e de um ano para o outro tive microcalcificações heterogêneas, as quais optei junto com o médico ano passado retirar, mas como elas são muito pequenas tem que se agulhar para o cirurgião retirar, por falta de sorte ou sei lá o que, o médico da clínica habituado a fazer isso e muito competente saiu de férias e não me foi avisado. Então lá estou eu, com o centro cirúrgico esperando, e faço o agulhamento com uma médica da clínica que nem conhecia, um sofrimento para achar as micro por serem num lugar difícil, ela me agulha somente uma. Falo para ela que são várias e ela me diz que por essa o médico retira as outras.
Vocês concordam que a médica é ela? Se é assim então vamos lá!
Fui para o hospital e fiz a cirurgia, conclusão: o médico só tirou uma, as outras não dá para achar sem agulhar, Legal essa médica não é? Sabe o que faz não?
Resulatdo: Benigno! Ótimo! Mas o que fazer com as que ficaram? Monitorar, eram muito pequenas. Isso foi em novembro.
Quando foi esse ano em março vou fazer a mamografia para monitorar e daí já era, elas cresceram e formaram um nódulo e também já tinha outro agrupamento no peitoral. Fiz biópsia e o resultado carcinoma invasivo III.
Por isso muita atenção é pouco. Temos que estar sempre de olho e nos informar, informação nunca é demais!
E tem mais, geralmente não se tem sintoma nenhum, eu só descobri através da mamografia, por isso a importância de se fazer anualmente.
Não fosse eu fazer a mamografia eu talvez não estivesse aqui para contar isso à vocês.
Mas o que importa é que descobri a tempo, passei por muito sofrimento, mas estou firme, fazendo o tratamento proposto pela minha querida médica Dr. Cristiane, sei também que terei um longo caminho, o tratamento não acaba, sempre terei que passar em consulta para controle, nos próximos 5 anos será de 6 em 6 meses.
Fico tranquila em ter a equipe do IOV cuidando tão bem de mim!
No momento estou fazendo a radio, a mama está uma coisa de queimada e escura, mas faltam poucas sessões para terminar, hoje passei em consulta com a Dr. Graziela e ela me passou uma pomada.
Enfim, prevenção só faz bem e como diz o velho ditado: " Melhor prevenir que remediar".
Um abraço à todos! Fiquem com Deus! Bjssssssssssssssssssssssss

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vida



Olá pessoal! Estou de volta. Tenho andado muito cansada, sonolenta por conta da radioterapia.
Peito com um pouco de queimadura e ardência, uma coceira....
Tento pensar sempre que já está quase no final da radio, faltam 13 sessões.
Nesse momento recorro a fé em Deus, preciso me esforçar, pois tudo que venho enfrentando há um ano me desgastou demais. Tenho que me reencontrar, me refazer, me olhar com outros olhos.
Já não sou a mesma, porém ainda não criei uma outra identidade com tudo que vivi.
É um misto de emoções, um corpo diferente, invadido por tantas situações, medicamentos, olhares, opiniões, conhecimentos, enfim uma nova vida.
Falando em vida, coloquei essa foto do bairro da Urca no Rio de Janeiro, pois é isso que estou com vontade, de sentar na beira desse mar e só sentir, sentir o vento no rosto, a criação de Deus, refletir a minha vida nesse mundo, a minha missão.
Não dá para sair dessa fase sem refletir em tudo que se passou e se passa na minha cabeça.
Um turbilhão de sentimentos.... Os "porquês" desisti de perguntar, melhor será o "para que" assim reivento e faço algo de bom com tudo isso.
Fico emocionada quando leio as histórias de vida de minhas amigas e amigos do blog e também dos que conheci onde faço tratamento, são pessoas com uma garra e que muitas vezes estão em situações muito mais difíceis que a minha, como os admiro, vivem dia por dia, sem pensar muito no amanhã e ainda nos encorajam, nos ensinam.
São os meus amigos de luta e superação, um ajudando o outro.
Como não posso abraçá-los pessoalmente deixo aqui um abraço virtual, bem apertado e recheado de flores e poesia para alegrar um pouquinho a vida de cada um deles.
Um abraço a todos! Fiquem com Deus!!!!! Bjssssssssssssssss

" Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia (inexplicável) da vida" Carlos Drummond de Andrade.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010



Andei sumida, mas voltei! Um pouco de cansaço, muitas coisas para resolver e acabei não postando nesses últimos dias.
Estou fazendo a radio todos os dias e é cansativo, tenho tido muito sono e a pele está um pouco irritada.
Ontem foi 7 de setembro e aniversário de meu pai, se estivesse aqui estaria fazendo 85 anos.
Tenho uma saudade imensa dele, homem honesto, das antigas e era muito trabalhador.
Ele era daqueles pais carinhosos, de pegar no colo, brincar, contar histórias, ah...quantas histórias ele me contou.
Quando penso nele sinto cheiro de sorvete, pipoca, parquinho de diversão, banho de chuva, cantiga de ninar..... Um pai para ninguém botar defeito.
Sou a caçula de quatro filhos, um homem e três mulheres, era a sua princesinha...
Me lembro de quando íamos no parque de diversões e ele me levava na roda gigante, ele morria de medo, mas se mostrava firme só para me alegrar.
Hoje com minha maturidade compreendo muitas de suas ações, de seu cansaço e desilusões, das amarguras da vida, da labuta, da dificuldade de criar os filhos.
Meu pai era bastante saudosista assim como eu, aliás nos parecemos em muitas coisas, ele gostava de música boa, chorava ao ouvir uma melodia que lhe tocava o coração, era ansioso, perfeccionista e muito carinhoso.
Infelizmente convivi com ele apenas dezenove anos de minha vida, pouco, mas tempo suficiente para carregá-lo comigo em meu coração.
Sei e sinto que de onde ele está olha por mim e também me dá uma força nessa luta que já vem há quase um ano, pois ele passou por isso também.
E com todo esse amparo espiritual vamos em frente, lutando sempre com fé e coragem!
Fica aqui então o meu carinho por esse Pai tão querido que Deus me presenteou e que me ajudou a ser o que sou hoje.
Um abraço apertado a todos vocês! Fiquem com Deus! Bjsssssssssssssssssss

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Seminário Câncer de mama

Seminário para Pacientes & Familiares Instituto Espaço de Vida em São Paulo

Dia: 18 de Setembro de 2010
Local: Hotel Renaissance
(Alameda Santos, 2233 esquina com Rua Haddock Lobo - Jardins)

Horario: 8h30m às 13h

Este evento é gratuito
(incluso material informativo e alimentação).

Programação:

8:30 - Café de Boas Vindas e entrega de material informativo
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9:00 - 9:05 - Apresentação Instituto Espaço de Vida - Instituto de Apoio à Saúde e a Vida por Christine Battistini - Fundadora e Presidente.
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9:05 - 9:30 - Câncer de Mama – O Papel do Mastologista e as Indicações de Tratamento e Cirurgia
Dra. Maira Callefi - médica mastologista e presidente da FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama.
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9:30 - 10:00- O Tratamento Sistêmico do Câncer de Mama
Dr. Cid Buarque de Gusmão - médico oncologista, Presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa em Câncer (IBPC), coordenador do departamento de Oncologia e Hematologia do Hospital 9 de Julho em São Paulo e fundador do Centro de Combate ao Câncer.
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10:00- 10:20 – Reconstrução Mamária
Dr. João Carlos Sampaio Góes - cirurgião plástico e mastologista – Diretor Técnico Científico do IBCC.
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10:20 - 10:40 - Coffee Break
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10:40 - 11:00 - Medicina Integrativa - A Cura pelo Equilíbrio
Dr. Paulo de Tarso Lima, médico, responsável pelo setor de Medicina Integrativa e Complementar do Hospital Israelita Albert Einstein e atual diretor médico da Anima Medicina Integrativa.
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11:00 - 11:20 - Pesquisa Clínica - Sua Importância na Busca da Cura
Dr. Max Mano - ICESP/Hospital Sírio Libânes
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11:20- 11:40 - Qualidade de Vida Após o Diagnóstico - Como é Feito o Acompanhamento
Dra. Solange Moraes Sanches - médica oncologista, especialista em oncologia clínica no Hospital A.C. Camargo
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11:40 - 12:00- Nutrição Durante e Após o Tratamento - Como Controlar Efeitos Adversos e Outras Dicas
Tatiana Oliveira - Nutricionista, Mestre em Oncologia . Atua em Clínicas de Oncologia em São Paulo - gerencia e administra o portal Nutrionco.
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12:00- 12:20
Gláucia Telles Sales - Psicóloga, autora da coluna "Espaço de Vida" da Fundação International Myeloma Foundation
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12:20 - 13:00 - Pergunte ao Especialista – Sessão de Perguntas e Respostas
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13:00 – 13:10- Depoimento de uma Paciente e Encerramento
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Inscrições: www.espacodevida.org.br ou

através do telefone: 11 3721.5317